PROGRAMA
NACIONAL DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
PROINFO INTEGRADO
PROJETO DE PESQUISA E APRENDIZAGEM
A influência da mídia publicitária na infância
CELIA REGINA CAETANO
VIVIANE CRISTINA ADAMAVICIUS
ITU / ABRIL 2012
A influência da mídia
publicitária na infância
Apresentação do projeto
Esse projeto tem o objetivo de
descrever os efeitos da mídia na infância. Durante as leituras e
materiais pesquisados surgiu um grande interesse pelo tema, pois percebe-se que
a infância é um alvo de fácil acesso de manipulação e fez se necessário um
olhar técnico e cuidadoso até mesmo um projeto que alertasse e defendesse
de algum modo a infância, antes que ela se perca totalmente.
Na tentativa de resposta buscam-se
formas e alternativas de explicar os efeitos da mídia na infância e
possivelmente encontrar soluções que auxiliem pais, educadores, psicólogos,
todos os profissionais e pessoas comprometidas com a infância de nossos filhos.
E nessa sociedade que predomina o
capitalismo, a obtenção de títulos, status e possuir coisas (“O TER” tem mais
valor do que o ser), é muito importante um olhar cuidadoso voltado para a
infância, pois dela vem o futuro de uma geração sadia ou não. Hoje infelizmente
os pais e professores se preocupam muito mais com o progresso dos níveis
escolares do que com o caráter da criança, nunca podemos esquecer que o caráter
de uma pessoa se forma na infância através de bons exemplos. Que futuro
queremos? Que escola queremos ter? Inicia-se aqui uma possível luz para
essas questões.
Desenvolvimento
Quando falamos em ser criança, lembramo-nos
do que? De brincar, correr, pular, jogar bola, fazer de conta = infância.
Quando falamos de mídia publicitária, lembramos-nos do que? Tecnologia,
informação, acesso a tudo, comercialização, propagandas, massificação de ideias,
valorização do “ter”, do “eu posso mais” = mídia publicitária. Uma outra
cultura se mostra a nós como sendo o fim dos nossos problemas, pois podemos
comprar tudo muito fácil, mas essa cultura nada tem haver com a verdadeira
infância. Portanto, a razão de se pesquisar esse tema, é a de poder enxergar
uma esperança, pois o fim da infância é o fim do nosso futuro, a infância é
algo precioso que precisa ser cuidado, lapidado e formado como uma pérola. Para
isso, quais caminhos devemos traçar? Que atitudes devemos tomar como educadores
e professores?
Segundo o vídeo* “Criança - A alma
do negócio”, o foco da mídia publicitária são as crianças, pois elas
influenciam a compra dos pais. Os pais têm o desejo de atender as vontades dos
seus filhos achando que isso irá suprir a falta de atenção, diálogo e afeto. A
publicidade fala com as crianças todos os dias, a todo momento; enquanto que os
pais devido ao corre - corre da vida moderna só tem tempo de conversar com os
filhos aos finais de semana.
De acordo com Carolina Costa :
"As crianças tornaram-se o alvo principal das empresas, e elas estão obcecadas com o consumo. Crianças de dois anos de idade preocupam-se com a marca da roupa que vestem, e aos seis anos, já são consumidores tarimbados: roupas, calçados, brinquedos, jogos, livros, comida, bebida...A lista é interminável. E não é só feita d eprodutos infantis. as crianças consomem hoje uma gama de produtos e serviços que foram inicialmente produzidos para adultos.Segundo Perrotti, na ausência da influência de mediadores tradicionais como pais, avós e professores, quem define as escolhas das crianças é basicamente o mercado." (COSTA, 2002).
Nota-se nesse contexto que os
comerciais influenciam muito e de maneira massificadora. A publicidade usa a
linguagem que a criança quer ouvir, gerando conflito familiar e incentivando a
competitividade. Se tiver a posse de algo, a criança sente-se dentro do
convívio social. Consumindo a criança se sente aceita na roda social, tem
status, uma marca de campeão. Se não tem ela se considera fora, excluída,
inferior às outras crianças.
A autora Carolina Costa também explica
que:
"Antigamente, as
crianças criavam os regulamentos de suas brincadeiras. Elas inventavam regras
para jogos como quebra-cabeças, bolinha de gude e memória. Hoje elas já não têm
esse poder. Os novos brinquedos praticamente brincam sozinhos, enquanto a
criança apenas assiste. "Não há criatividade infantil que resista a tanta
regulação", afirma Edmir Perrotti, pesquisador na área de ciência e
informação da Universidade Federal de São Paulo." (COSTA, 2002)
É imprescindível a criança
sonhar, fazer de conta, inventar brincadeiras, mas isso quando o desejo vem
dela e não de um informe publicitário. O mundo infantil não pode ser manipulado
ou destruído por comerciais que pensam somente no capitalismo exacerbado,
quebrando código de ética e rompendo a fase mais linda da vida.
A
autora ainda diz:
"Outro fator importante a ser considerado nesta equação é que as crianças do mundo inteiro hoje - e as brasileiras não são exceção - estão privadas dos espaços que costumavam ser seus: as ruas, as calçadas, as praças e o contato com a natureza." (COSTA, 2002).
Existem outros países que respeitam
esse ciclo da vida, com lei severas que são devidamente punidas se não forem
respeitadas, mas isso não é o suficiente e o mesmo não acontece no Brasil.
Não podemos esquecer que as crianças
são nativas nessas novas tecnologias, entendem mais que os adultos, com isso a
mídia aproveita muito bem as oportunidades, visto que a mídia em nosso país tem
plena liberdade de expressão sem ética.
De acordo com o texto Nativos digitais
X Imigrantes digitais, o autor Fabio Tagnin menciona:
“Nossos jovens não chegaram a
conhecer um mundo sem videogames, e-mail e mensagens instantâneas. Não é
preciso ir muito longe para afirmar o que diversos estudos confirmam: que os
hábitos dos jovens de hoje são muito diferentes daqueles dos seus pais e
professores. Eles vêm sendo chamados de “nativos digitais”, que aderem de
maneira transparente e automática às tecnologias emergentes, enquanto os
adultos são chamados de “migrantes digitais”, aqueles que precisam adaptar-se –
não sem alguma dificuldade – às novas ferramentas e novas formas de fazer as
coisas.” (Tagnin, 2008, s. p.)
Mas em meio a tudo isso, o que fazer se
estamos sujeitos em todo o tempo, não só na televisão, mas através de outdoors,
internet, músicas e outros tipos de veiculação publicitária que nossos filhos
têm acesso todos os dias. Somos vítimas? Ou as crianças são as vítimas? O que
pensar? O que fazer?
Na tentativa de amenizar esse quadro
destrutivo da mídia publicitária em nosso país e tentar responder essas
questões, temos alguns cuidados que é preciso para país e professores lidarem
com essa situação.
Primeiro passo é dar mais atenção ao
filho, ter diálogo, um bate papo em momento família, num mundo tão globalizado
é possível do celular fazer uma ligação para o filho só para lembra-lo que o
ama, pois se você não fizer, não esqueça que: para a publicidade ele tem valor.
Segundo passo é o objeto mais
importante da casa não deve ser a televisão ou o computador, e sim o estar
junto almoçando ou pelo menos jantando, ouvindo uma música juntos, ou
assistindo um filme.
Terceiro passo é participar da vida
escolar dos filhos com intensidade, tentar ir às reuniões, comentar os
boletins, fazer festa a cada progresso. Acredito que todos os professores têm
esse sonho utópico, de pais participativos e motivados pela vida escolar do
filho.
Quarto passo é prestar atenção no
exemplo que você é para a criança. As crianças são cópias em miniaturas das
ações adultas. Cuidado! Vigie!
Quinto e último passo é prestar
atenção no que os filhos assistem. Assistir juntos, pois não podemos somente
proibir a TV e o computador e pronto. Precisamos analisar os pontos positivos
dos programas assistidos e conversar a respeito com as crianças.
Enfim, na tentativa de responder as
questões apresentadas nesse projeto, desenvolvemos somente uma frase: “Os
caminhos que devemos traçar são do bom exemplo, as atitudes verdadeiras, os
pensamentos de esperança; sem procurar vítimas ou vilões, sonha-se aqui com uma
infância mais humana livre e autônoma.” (CAETANO, Celia, e ADAMAVICIUS, Viviane)
Conclui-se que devemos cuidar do nosso
bem maior, herança de DEUS, patrimônio cultural, inocência e sinceridade: Eis
aqui a infância brasileira.
Referências
Bibliográficas:
COSTA, Carolina. Entre quatro apredes. Revista Educação. Editora Segmento.v. 28. N. 250, p. 44-53, fev. 2002
COSTA, Carolina. Entre quatro apredes. Revista Educação. Editora Segmento.v. 28. N. 250, p. 44-53, fev. 2002
* Criança - A alma do negócio: http://www.youtube.com/user/pensadorbrasil/videos
TAGNIN, F. Computação 1 a 1: o desafio de guiar os nativos
digitais. Blog de Educação digital da Intel. Disponível em:
http://blogs.intel.com/educacaodigital/2008/07/computacao_1_a_1_o_desafio_de_guiar_os_nativos_digitais.php
> Publicado em: 18 julho 2008.
Olá pessoal,
ResponderExcluirGostei do tema, a criança é o melhor caminho...
Perfeito, meninas!!
ResponderExcluirnosso diário de bordo vai ficar para próxima semana, parabéns seu blog esta ótimo
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